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Este trabalho advém de uma pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) durante a quota 2020/2021 e elege como objeto de
estudo a formação inicial de professores de Geografia do curso de Licenciatura em Geografia
da Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande – PB, mais precisamente, o grupo de
16 licenciandos do curso cotados como bolsistas do Programa Residência Pedagógica, quota
2020/2022. Tem-se por objetivo principal refletir acerca do processo formativo de professores
de Geografia para o trabalho na educação básica em face das demandas e perspectivas
contemporâneas da educação brasileira. De forma específica, assume-se a pretensão de
analisar a dimensão formativa, em seus aspectos didático-metodológicos, do curso de
Licenciatura plena em Geografia da instituição supracitada, no que se refere à formação dos
licenciandos para atuarem no contexto escolar caracterizado pelo Ensino Híbrido;
Compartilhar as reflexões teóricas e práticas metodológicas para a hibridização do ensino e
construção do conhecimento geográfico escolar, de forma autônoma e crítica; Comparar a
compreensão e as perspectivas dos licenciandos acerca do Ensino Híbrido e sua aplicação no
ensino de Geografia, antes e após as colaborações realizadas durante a pesquisa por meio da
realização de três oficinas pedagógicas. Desta forma, do ponto de vista metodológico, o
trabalho caracteriza-se como pesquisa qualitativa, cuja fundamentação dá-se com base em
técnicas de pesquisa colaborativa e no método dialético. Como resultados, observou-se que,
inicialmente, a compreensão dos licenciandos sobre o ensino híbrido e seus modelos era
pouco aprofundada, ressalta-se, nesse sentido, as contribuições das oficinas no que se refere a
colaboração com a formação didático-metodológica e teórico-conceitual dos licenciandos
pesquisados acerca do Ensino Híbrido, tendo como produto final das oficinas um Padlet com
sete planos de aula pensados para a hibridização do ensino de Geografia. Em suma, os
resultados alcançados demonstram a dualidade e contradições existentes no que concerne aos
discursos em prol de mudanças educacionais e a necessidade de que a formação inicial de
professores possa tratar acerca dessas iniciativas de mudanças na educação, não apenas como
forma de instrumentalização técnica e metodológica, mas iluminando questões que muitas
vezes podem passar despercebidas nos discursos de inovações. Preconiza-se, portanto, uma
formação pautada na figura do professor enquanto um sujeito autônomo, crítico-reflexivo e
autor de sua prática educativa, ou melhor, um “intelectual transformador”, categoria proposta
por Giroux (1997), que se opõem a concepção de professor como mero técnico-executor. |
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