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A seguinte pesquisa tem o objetivo geral de explanar e delimitar as principais objeções que fundamentam a crítica à verdade da metafísica ocidental que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) efetua no decorrer de toda a sua produção filosófica. Para tal empenho, julgamos ser necessário nos apoiarmos nas principais reflexões que o filósofo do martelo efetua desde O Nascimento da Tragédia até sua obra autobiográfica Ecce Homo, pois, como mostraremos, as críticas que Nietzsche direciona à verdade percorre todas as suas obras e é de fundamental importância para a compreensão da própria filosofia do autor de Zaratustra. Diante disto, à luz também de alguns eminentes comentadores da filosofia nietzschiana, tais como Werner Stegmaier, Gianni Vattimo, Scarlett Marton, Müller-Lauter, entre outros, buscaremos estabelecer como se determina e se desenvolve as principais críticas nietzschianas proferidas à noção de verdade que perpassa toda a filosofia ocidental desde a Grécia Antiga com o memorável Sócrates. Com isto, para uma melhor exposição de tais críticas, procuraremos efetuar uma breve contextualização sobre como se entende o conceito de verdade na metafísica ocidental, para logo após iniciarmos a exposição das principais objeções que fundamentam e delineiam a crítica de Nietzsche à verdade, na qual, para uma melhor compreensão dessa crítica, nos apoiaremos em duas noções fundamentais, que são: 1) sua forte oposição ao racionalismo socrático-platônico, que para Nietzsche teve uma grande influência na maneira do homem ocidental perceber e determinar a verdade sobre o mundo; e 2) suas eminentes e constantes críticas à noção de verdade enquanto adequação ou correspondência direta entre o discurso proferido pelo sujeito e o mundo sensível. |
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