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A construção da loucura feminina: uma análise de discurso a partir de narrativas literárias

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dc.contributor.author Porto, Carolina Guimarães
dc.date.accessioned 2022-01-24T13:50:17Z
dc.date.available 2022-01-24T13:50:17Z
dc.date.issued 2021-07-12
dc.identifier.other CDD 302
dc.identifier.uri http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/25478
dc.description PORTO, Carolina Guimarães. A construção da loucura feminina - uma análise de discuso a partir de narrativas literárias. 2021. 68 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021. pt_BR
dc.description.abstract Esta pesquisa analisou a construção da loucura feminina nas narrativas das obras literárias ‘Jane Eyre’, de Charlotte Brontë, publicada em 1847, e ‘O Alegre Canto da Perdiz’, de Paulina Chiziane, em 2008. Objetivamos analisar como as personagens consideradas loucas se posicionam nas referidas obras e como são posicionadas pelos demais personagens. A perspectiva teórico-metodológica que norteia este trabalho é a da Psicologia Social Discursiva, que compreende o discurso como mediador fundamental da interação humana e como prática social e de construção da realidade. A partir da análise de trechos das referidas obras, constatamos que, em ‘Jane Eyre’, a personagem posicionada como louca, Bertha, não tem espaços para construir a própria identidade e é posicionada pelos outros personagens como perigosa, monstruosa, animalesca, que provoca medo, um fardo. O silenciamento dela é significativo e dialoga com o silenciamento da loucura feminina ao longo do tempo. Já Maria das Dores, personagem de ‘O Alegre Canto da Perdiz’, consegue dar sentido à sua experiência e se posiciona como “louca”, que não é “ninguém”, mas também como filha, mãe, esposa, como alguém em busca do seu lugar no mundo. Ela é posicionada pelos outros personagens como “louca”, animalesca, “corajosa”, “ousada”, “humana”, “mulher” e “livre”. Os sofrimentos das personagens se relacionam aos lugares historicamente associados à loucura. No caso de Bertha, ao lugar reservado à mulher na época vitoriana, e de Maria das Dores, ao racismo vivido por ela. Portanto, em ‘Jane Eyre’, vimos a lógica asilar, ao posicionarem a personagem Bertha, e em ‘O Alegre Canto da Perdiz’, há momentos em que a construção da loucura de Maria das Dores se aproxima do modelo manicomial. Entretanto, nessa segunda obra, existem espaços que diferem dessa perspectiva asilar, pois são construídos outros lugares para a personagem louca, que se aproximam dos novos lugares sociais para a loucura defendidos pela Reforma Psiquiátrica brasileira. Enquanto Bertha foi silenciada e teve a morte como destino, Maria das Dores pôde, através das águas, conquistar sua liberdade e ter um futuro, o que sinaliza para a possibilidade de novas práticas em saúde mental alinhadas à luta antimanicomial. pt_BR
dc.description.sponsorship Orientadora: Profa. Dra. Thelma Maria Grisi Velôso pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Loucura feminina pt_BR
dc.subject Gênero pt_BR
dc.subject Posicionamentos Identitários pt_BR
dc.subject Psicologia Social Discursiva pt_BR
dc.title A construção da loucura feminina: uma análise de discurso a partir de narrativas literárias pt_BR
dc.type Other pt_BR


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