Resumo:
A violência contra a mulher não é apenas um problema de saúde pública, mas, também, um problema de segurança pública, pois viola garantias e direitos fundamentais, gerando danos irreparáveis à vida da vítima de violência. O presente estudo analisou a violência doméstica como uma das formas de agressão mais recorrentes contra a mulher. Foram analisados casos da região metropolitana de Campina Grande-PB, a partir de dados extraídos de 70 inquéritos policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), considerando ocorrências do ano de 2018. Para análise, foi utilizado o programa estatístico Statistical Package for Social Science-SPSS. Os resultados mostraram as características sociodemográficas dos agressores de mulheres. O perfil dos agressores de mulheres da presente amostra é de homens com idade de 30 a 41 anos, com baixa escolaridade, em união estável, que trabalham em profissões não-técnicas, geralmente tendo mais de 3 filhos com a companheira, que estavam alcoolizados durante a agressão. Esses agressores não possuem ficha criminal por outros crimes, além dos que envolvem a agressão contra a mulher. Geralmente eles estavam em um relacionamento de 2 a 5 anos com a vítima e já tinham histórico de agressão contra a mesma companheira, seja a ex ou a atual. Tais achados da presente pesquisa oferecem subsídio para um melhor entendimento sobre o perfil dos homens perpetradores desse tipo de crime. Bem como oferece subsídios a um melhor planejamento por parte das polícias na prevenção das agressões, tendo em vista a quebra do círculo de violência contra a mulher no Brasil.
Descrição:
CARVALHO, Sylvester Rocha. Violência contra a mulher: Características sociodemográficas dos agressores. 2021. 44f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.