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A gestação na adolescência é fenômeno de ordem mundial, atingindo milhares de garotas entre os 12 e 19 anos, porém com maiores concentrações em países subdesenvolvidos, como o Brasil. A ruptura do período de escolarização, as mudanças dos ciclos sociais e a resposta da família possuem profundo impacto na vida da jovem, que precisará refazer seus objetivos e considerar novos caminhos para o futuro. Nesse sentido, a presente pesquisa objetivou analisar as perspectivas de futuro de mulheres que gestaram na adolescência, de forma a verificar quais as modificações foram necessárias após a gestação, como a notícia influenciou em seus objetivos e como a jovem mãe vivencia suas perspectivas de futuro a curto e longo prazo. O estudo foi realizado através de um questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada, com dados analisados pela Análise de Conteúdo, proposta por Bardin (2009). A amostra contou com 13 participantes. As perspectivas de futuro das entrevistadas versaram sobre continuidade da escolarização, busca por emprego, o desejo de prover um futuro melhor para seus filhos e de construir uma família. As redes de apoio se mostraram como essenciais para a continuidade dos objetivos das mães, auxiliando psiquicamente e com uma efetiva divisão de tarefas que permita que a adolescente se dedique aos estudos ou trabalho. Se faz presente a necessidade de um planejamento familiar efetivo que abranja a população abaixo de 20 anos, e de incentivo aos projetos de vida que a mãe possua, seja antes ou após a gestação, promovendo espaços saudáveis de acolhimento e auxílio para gestantes e mães adolescentes. |
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