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O envelhecimento populacional é uma realidade cada dia mais expressiva, tanto no contexto mundial, quanto no contexto brasileiro. Garantir um envelhecimento saudável e marcado por bons níveis de qualidade de vida e bem estar é um dos desafios lançados à sociedade com o aumento da expectativa de vida. No contexto rural, o idoso é atravessado por algumas barreiras que influenciam um dos aspectos mais relevantes na forma de envelhecer, o acesso aos serviços de saúde. Essa população vivencia obstáculos como a distância usuário-serviço, a ausência de profissionais da saúde e a deficiência no trabalho de promoção da saúde no acesso a esses serviços. O presente artigo teve como objetivo investigar o acesso aos serviços de saúde públicos por idosos residentes da zona rural do município de Campina Grande, na Paraíba. O estudo foi transversal, exploratório e com abordagem quantitativa. Teve participação de 91 idosos, de ambos os sexos, e os instrumentos de pesquisa utilizados foram questionários sociodemográfico e de acesso aos serviços de saúde. Observou-se no idoso entrevistado um perfil septuagenário, com baixos índices de escolaridade e principal responsabilidade pelo sustento da família. A respeito do acesso aos serviços de saúde, 82,4% utilizam o SUS como principal via de acesso a esses serviços, no entanto, 29,7% afirmaram ter recebido a visita apenas do Agente Comunitário de Saúde, e mais de nenhum outro profissional da equipe de saúde em seu domicílio no último ano. Embora os idosos tenham demonstrado dependência do SUS, foi possível observar a carência no acesso aos serviços de saúde públicos e a necessidade de trabalho nos pilares de promoção e reabilitação da saúde de forma bilateral, com a busca do profissional de saúde ao idoso, invertendo a lógica usuário-serviço no contexto de tratamento da saúde. |
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