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A escassez hídrica é um problema que atinge o mundo todo, já que a maior parcela de água disponível é salgada e imprópria para consumo humano. Logo, caminhos para o aproveitamento desse tipo de água têm sido desenvolvidos. A dessalinização via energia solar é uma alternativa promissora para regiões com alta incidência de radiação solar, já que se trata de uma fonte energética considerada limpa. Essa tecnologia é um método antigo, mas que vem se inovando com novos modelos de dessalinizadores. Logo a presente pesquisa faz uma análise comparativa do desempenho entre modelos que possuem a mesma área de exposição solar, mas formatos diferentes, um dessalinizador passivo do tipo pirâmide e o dessalinizador passivo do tipo dupla inclinação. Para realizar o comparativo, os dessalinizadores foram operados nos mesmos dias, horários e condições climáticas. Ao passar pelo processo de dessalinização, os equipamentos apresentaram produtividades médias significativas, sendo de 2508,0 mL.m-2.dia-1 para o dessalinizador tipo pirâmide e 2329,0 mL.m-2.dia-1 para o tipo dupla inclinação. Foi verificada a qualidade físico-química da água antes e depois do processo, obtendo reduções expressivas. A alcalinidade foi reduzida em 99,60% em comparação a água bruta, 99,99% de redução no teor de cloretos e com nível máximo de redução para dureza, 100%. Para a condutividade elétrica, verificou-se redução máxima de 99,90% e turbidez de 50%. Já para o sódio, foi constatada a redução total de 100%. Portanto, ficou constatado que os dois dessalinizadores apresentaram potencial para uso, pois todos os valores dos parâmetros físico-químicos obtidos após o tratamento realizado atenderam aos padrões de potabilidade da portaria vigente em relação a qualidade da água obtida. Além disso, os modelos se apresentam como alternativas viáveis e de baixo custo para serem aplicados em pequenas comunidades das regiões do semiárido brasileiro. |
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