Caracterização do eritrograma das pacientes submetidas ao tratamento numa Unidade de Assistência de Alta Complexidade Oncológica na Paraíba

Abstract

O câncer é uma doença que se caracteriza pela multiplicação desordenada de células que sofrem mutações no seu DNA, que se caracteriza pelo descontrole na multiplicação de células anormais que podem ser disseminadas para outros tecidos e órgãos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o principal problema de saúde pública no mundo e está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maioria dos países. Até o ano de 2025 ocorrerá um impacto na população mundial de 80% dos mais de 20 milhões de casos novos. No mundo até 2020, aproximadamente 19,3 milhões de novos casos e 10 milhões de mortes por câncer poderá ocorrer. O câncer vem sendo apontado como uma das principais causas de morte, configurando uma barreira notável para o aumento da expectativa de vida em todos os países. O estudo objetivou caracterizar o eritrograma de pacientes submetidas a tratamento numa Unidade de Assistência de Alta Complexidade Oncológica na Paraíba, tratando-se de um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo. A amostra foi composta por 236 pacientes do gênero feminino submetidas a tratamento oncológico, no ano de 2018. Como resultado, foi observado que o eritrograma de pacientes submetidas a tratamento oncológico, destacando a quimioterapia como principal modalidade de tratamento, se caracteriza por uma redução leve ou moderada do número de hemácias e do quantitativo de hemoglobina e do hematócrito, sem alterações significativas nos índices hematimétricos, caracterizando quadro de anemia leve associada a própria doença (anemia da doença crônica) e pela deficiência de ferro (anemia ferropriva), corroborando com resultados dos estudos de COXA et al. (2018), ARAÚJO et al. (2018) e com o estudo de CANÇADO E CHIATTONE (2002). As reações adversas devem ser monitoradas, visando diminuir os riscos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, com o desenvolvimento de protocolos específicos para a redução das reações adversas causadas pelo tratamento oncológico.