Resumo:
A interferência dos seres humanos nos ecossistemas brasileiros, principalmente nos últimos 60 anos, período que surge a revolução verde, vem causando perturbações ecológicas e um desequilíbrio muito forte em toda cadeia alimentar. A prática da agricultura modifica o ambiente natural, principalmente em regiões secas, como é o caso do semiárido brasileiro, tornando esta região muito susceptível a degradação e consequentemente a desertificação. As culturas e os sistemas de manejo do solo influenciam diretamente na persistência dos resíduos, na quantidade da biomassa microbiana e na sustentabilidade dos agroecossistemas. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a atividade microbiana em diferentes cobertura/uso do solo em duas propriedades agrícolas nos municípios de Queimadas e Boqueirão. A pesquisa foi realizada em quatro áreas: Mata nativa, área degradada, monocultivo e área agroecológica. Em cada área coletou-se solo em cinco pontos na forma de ziguezague a uma profundidade de 20 cm, no início e final da estação chuvosa. Realizaram-se análises da respiração basal do solo, biomassa microbiana e quociente metabólico. Verificou-se que o período sazonal pós-chuvas influenciou no aumento significante da respiração basal dos solos de mata nativa tanto de Queimadas como de Boqueirão. De forma geral os solos dos dois municípios apresentaram maior biomassa microbiana no início do período chuvoso, assim como o aumento do quociente metabólico do solo agroecológico de Queimadas no mesmo período. Ao contrário dos solos de mata nativa que apresentaram esse aumento no final das chuvas em ambos os municípios. Novas avaliações dos diferentes tipos de manejo devem ser realizadas em um espaço de tempo maior. Podendo acompanhar-se gradativamente a atividade microbiana destas áreas.
Descrição:
NASCIMENTO, M. M. B. Atividade microbiana em diferentes manejos do solo nos municípios de Queimadas e Boqueirão. 2019. 25f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.