Resumo:
O cultivo de plantas em quintais medicinais busca manter arraigados os saberes tradicionais
nas comunidades, tendo como princípio norteador a manutenção de práticas da medicina
popular. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento bibliográfico sobre o tema
quintais medicinais e sua relevância na manutenção dessas práticas. Este estudo abordou uma
revisão de literatura, selecionando artigos sobre plantas medicinais utilizadas na fitoterapia
por comunidades tradicionais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, considerando as duas
primeiras décadas do século XXI. Foram analisados 11 artigos, relacionados à região Norte e
18 para a região Nordeste do Brasil, com o recorte temporal compreendido entre maio de
2001 a maio de 2021. Foi observada prevalência do gênero feminino, de jovens-adultos e
pessoas com baixa escolaridade para as duas regiões. Quanto à quantidade de espécies mais
utilizadas pelos participantes, 15 espécies de 11 famílias botânicas em que as espécies mais
citadas foram o crajirú (Arrabidaea chica) e corama (Kalanchoe pinnata). Enquanto para a
região Nordeste, 25 espécies de 14 famílias (babosa (Aloe vera), mastruz (Chenopodium
ambrosioides L.) e hortelã (Mentha arvensis L.). Dentre as partes mais relatadas para o
preparo terapêutico destacam-se as folhas e o caule. São utilizadas comumente para tratar
doenças do sistema digestório e respiratório, hepáticas e, ainda para a região Nordeste, como
calmantes e cólicas. Deste modo, foi possível constatar que a maioria dos entrevistados
citados, possui um elevado conhecimento a respeito de plantas medicinais e suas indicações
terapêuticas, saberes esses, adquiridos, principalmente, por meio dos idosos.
Descrição:
BARBOSA, Petrucia Lopes. Quintais medicinais e sua importância na manutenção de práticas da medicina popular: uma revisão de literatura. 2021. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências
Biológicas) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.