dc.description.abstract |
Uma observação geral das problemáticas e tensões que cercam o mundo pós-moderno há de constatar que, por vezes e em determinados lugares, ditaduras e governos totalitários ascendem ao poder através do controle social, sendo a ideologia um instrumento de opressão e ocultamento da realidade nesses processos. Partindo disso, o presente trabalho analisa as práticas de patrulhamento social através da ideologia na obra O conto da Aia (The Handmaid's Tale) de Margaret Atwood, uma distopia na qual essas temáticas são representadas de forma abundante. Para isso, objetivou-se sobretudo conceituar ideologia e aparelhos ideológicos, assim como situar a referida obra em seu contexto e explorar as estruturas de poder enredadas nela, atentando para as nuances que envolvem o patrulhamento ideológico. O trabalho utilizou como metodologia a pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, norteando-se em teóricos como Althusser (1996), Chaui (1985), Lyra (1979), dentre outros. As análises feitas puderam enfatizar que o silenciamento e a patrulha ideológica estabelecidos pelos detentores do poder na chamada “República de Gilead” legitimavam as condições de opressão dessa sociedade, perpetuando-as. Considerou-se que a reflexão sobre essas temáticas se torna bastante relevante em tempos tão instáveis no mundo contemporâneo, à medida que estimula o leitor a reconhecer a linha tênue entre a liberdade individual e o controle social. |
pt_BR |