O internetês e o ensino de língua portuguesa: uma proposta pedagógica para o 9° ano do ensino fundamental

Abstract

A sociedade sempre esteve envolta em mudanças, nas mais diversas esferas. Essas mudanças também adentram na esfera da linguagem, seja esta verbal ou não, objetivando práticas comunicativas mais dinâmicas, principalmente com a interação em meio virtual. Mediante isso, a presente pesquisa tem como objetivo principal discutir a importância da abordagem do internetês nas aulas de língua portuguesa. Para tanto, recorremos aos pressupostos teóricos de Koch e Elias (2008, 2009), em relação às práticas de leitura e escrita; Bakhtin (1997), no que diz respeito aos gêneros do discurso; Marcuschi (2008, 2010), sobre os gêneros textuais; Coscarelli (2018), Carneiro e Alves (2019), quanto à relação entre tecnologia e educação; Rojo (2012), no que tange às práticas de multiletramentos; Xavier e Serafim (2020), acerca do WhatsApp enquanto ferramenta pedagógica; Komesu e Tenani (2015), Ávila e Cox (2008), a respeito do internetês, além de outros estudos. Metodologicamente, esta pesquisa segue uma abordagem qualitativa com caráter descritivo-interpretativista, ancorando-se em estudos bibliográficos. O corpus de análise é composto de uma base documental, pois estaremos lidando com prints de interações ocorridas no chat do WhatsApp e, também, lançamos uma proposta de ensino para o 9° ano do ensino fundamental. Ademais, a escolha por essa temática se dá por entendermos que a evolução tecnológica acarretou significativas mudanças sociocomunicativas, principalmente a partir da segunda década do século XXI, e, diante disso, os usuários da internet passaram a utilizar e se comunicar por meio dos mais variados gêneros digitais e redes sociais, que permitem uma comunicação mais ágil e multimodal, como é o caso do internetês. As constatações nos direcionam à positividade da abordagem do internetês no processo de ensino/aprendizagem de língua materna, através da mediação das tecnologias e gêneros digitais. Portanto, esse estudo torna-se um incentivo a profissionais que atuam no ensino de linguagem, para que considerem os novos contextos sociocomunicativos em suas práticas docentes.