Resumo:
Ao longo da história, a mulher - em diversos aspectos da vida - foi categorizada
como inferior ao homem. Na literatura, por muito tempo, elas foram proibidas de
escrever ou ter seus escritos publicados. Na narrativa de detetive, algumas autoras
e personagens femininas foram simplesmente apagadas e esquecidas. Pouco ou
quase nada se sabe sobre personagens detetives mulheres, bem como escritoras
desse gênero literário, que surgiram no período de Sherlock Holmes. Assim, este
trabalho tem o objetivo de resgatar a figura feminina no romance policial através de
uma análise da personagem-detetive Loveday Brooke, da autora Catherine Louisa
Pirkis (1893), considerando a falta de popularidade e conhecimento que se tem
sobre detetives femininas no século XIX. Para isso, a personagem foi analisada
através de dois contos: “A maleta deixada na soleira" e “A irmandade de Redhill”.
Tomamos como base para corroborar nossa pesquisa alguns autores como Michael
Sims (2011), Michael Cook (2011), Maureen T. Reddy (2003), Virginia Woolf (2012)
entre outros. Dessa forma, percebe-se que o construto social e cultural do século
XIX e os estereótipos de gênero presentes na sociedade contribuíram para a falta de
popularidade e reconhecimento de detetives femininas como também para o seu
surgimento na literatura policial.
Descrição:
OLIVEIRA, T. D. de. O romance policial feminino no século XIX: uma leitura da mulher-detetive nos contos "A maleta deixada na soleira" e "A Irmandade de Redhill" de Catherine Pirkis. 2022. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2022.