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A sociedade atual está pautada cada vez mais na posição da mulher, em suas capacidades e suas lutas, o que permite que tais discussões acerca do movimento feminista transpassem frequentemente a vida real e busquem por fatores que corroborem ou discordem de suas ideias, seja nas artes em geral e, principalmente, na literatura. Os contos Morella e Eleonora, de Edgar Alan Poe, aqui estudados, contêm aspectos que permitem levantar debates que afetam a morte e as relações simbólicas feministas inseridas nesta, além disso, investigar como estes temas eram retratados nas histórias de Edgar Allan Poe, escritas há quase um século, em um período em que o pensamento social era distinto do leitor atual. Nessa perspectiva, este trabalho visa esclarecer as correlações entre a morte e o feminino na tratativa de explicar não apenas a razão pelo qual a morte das mulheres em questão afetam seu senso de poder, mas também trazendo argumentos que possam apoiar a existência de inspirações diretas que fizeram com que o contista desenvolvesse estas figuras marcantes. Com tais intenções, foi feita uma análise exploratória e comparativa dos contos para que fossem encontrados pontos que pudessem sustentar os argumentos citados, explorando como a morte influencia nas narrativas, assim como se manifestam as figuras masculinas com estes acontecimentos e o que representa para cada um, além de discutirmos como se dá a transcendência sobre a morte exercida por cada protagonista, a partir do pressuposto teórico-crítico de autores como Elien Martens (2013), Riley Haacke (2017) e Souza Alves (2005), entre outros. |
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