dc.description.abstract |
Muitos estudos se preocupam em desconstruir o preconceito linguístico que há muito tempo está enraizado em nossa sociedade. Com base nessa afirmação, os documentos oficiais brasileiros, que estabelecem normas ao que se refere à educação pública, compreendem a importância de um ensino que estimule os alunos a se expressarem e desenvolverem sua criticidade. Dessa forma, com a sociedade hipermoderna, é comum notar que, atualmente, os jovens se expressam e se comunicam por meio de recursos digitais, fazendo-se necessário introduzir nas aulas de língua materna estudos que contemplem os gêneros digitais, por exemplo. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem como objetivo geral analisar a compreensão linguística de 7 (sete) professores de língua portuguesa, atuantes na educação básica no município de Itapororoca-PB, para que assim possamos verificar o tratamento que dão à variação linguística com auxílio de gêneros textuais/discursivos e digitais. Justificamos a nossa intenção, ao propor o trabalho com os gêneros digitais contextualizando a variação linguística em meme do Bode Gaiato, compreendendo como os docentes podem observar e contemplar esse gênero emergente na prática de ensino/aprendizagem, favorecendo atividades relevantes para proporcionar conhecimento acerca dos fatores linguísticos e extralinguísticos que corroboram desenvolvimento do fenômeno da variação linguística, a partir da usualidade de recursos digitais, para assim, proporcionar uma educação que atenda às necessidades contemporâneas. Para este estudo, lançamos mão dos pressupostos teóricos de Bortoni – Ricardo (2004), Antunes (2007), Bagno (2007a, 2007b), Labov (2008), Mollica (2020) e Leite (2011) para fundamentar a variação linguística e ensino de língua portuguesa junto a documentos oficiais (BRASIL, 1998, 2002, 2006, 2018) que norteiam as práticas pedagógicas para a educação. Fazemos uso também dos postulados teóricos de Bakhtin (1997), Marcuschi (2008, 2010a, 2010b), Paula (2011) e Bezerra (2017) para discorrer sobre os gêneros textuais/discursivos e para discorrer sobre gêneros digitais: Galli (2010), Rojo & Barbosa (2015), Paiva (2018), entre outros. Essas proposições auxiliam no desenvolvimento desta pesquisa de cunho qualitativo, a qual foi destinada a um total de 7 (sete) docentes de língua portuguesa, entre eles, 4 (quatro) atuantes em escolas públicas e 3 (três) que executam à docência, simultaneamente, em escolas públicas e privadas no referido município, para melhor observação e precisão dos dados. Por fim, identificamos que os professores reconhecem a relevância de novas práticas pedagógicas, considerando o estudo da variação linguística contextualizada a diferentes gêneros textuais/discursivos, inclusive os memes do Bode Gaiato, ainda que nem todos já tenham feito uso desse item sociocomunicativo. |
pt_BR |