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A recessão gengival é uma das condições que mais acometem a população, afetando sua saúde bucal e qualidade de vida. Além do processo inflamatório induzido pelo biofilme dental, diversos fatores podem estar associados ao seu desenvolvimento e evolução, como trauma por escovação e oclusão traumatogênica. Sua ocorrência pode estar relacionada ainda à fatores socioeconômicos e hábitos deletérios, como o tabagismo. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de recessão gengival na população atendida na Clínica Escola do Departamento de Odontologia da UEPB. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, com um desenho do tipo longitudinal retrospectivo, transversal, realizado a partir da análise dos prontuários dos pacientes atendidos na clínica dessa Instituição. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado e, após organizados em uma planilha Excel, para que seja realizada análise descritiva e analítica. A amostra foi composta por 426 prontuários, nos quais foram analisados 245 prontuários que estavam de acordo com os critérios de inclusão (prontuários preenchidos adequadamente e com assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido), em que obtemos que 63,7% (n = 156) dos pacientes apresentaram recessão gengival. Desses 65,6% (n = 99) eram do sexo feminino; a faixa etária de maior ocorrência foi entre 51 e 64 anos, representando 89,3% (n = 50); 62,2% (n = 86) possuíam renda de até um salário mínimo e em relação ao nível de escolaridade em que a recessão gengival esteve mais presente foi de 9 a 11 anos de estudo, representando 60,9% dos casos; quanto a higiene bucal, a RG foi maior nos indivíduos que realizavam a escovação 3 vezes ao dia, totalizando 68,6% (n = 83), não faziam o uso do antisséptico 64,2% (n = 104) e não fizeram tratamento periodontal anteriormente 62,9% (n = 95); correlacionando a RG ao tabagismo, foi observada tal característica em 80,8% (n = 21) dos tabagistas, e em 75,9% (n = 41) dos ex-tabagistas. Diante do exposto, conclui-se que a RG está fortemente relacionada a escovação traumática e a frequência de escovações aumentada, que potencializa o seu desenvolvimento; essa lesão acometeu mais mulheres, as pessoas de maior faixa etária, como também os tabagistas, e pessoas que tiveram periodontopatias, demonstrando o quanto essa condição tem uma etiologia multifatorial. |
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