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Objetivou-se identificar o perfil clínico-epidemiológico da tuberculose associada ao diabetes mellitus por meio de uma série histórica. Trata-se de um estudo transversal analítico e retrospectivo com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por todos os casos de tuberculose associada à diabetes notificados entre 2010 e 2019 na Paraíba, Brasil. Os dados foram digitados em planilhas do software Excel 2010 para a construção de um banco de dados e analisados no programa estatístico R 4.0.4. As variáveis foram divididas em sociodemográficas e clínico-epidemiológicas e analisadas através do cálculo de prevalência. Observou-se o predomínio da faixa etária entre 45 e 64 anos (51,5%), sexo masculino (64,2%), pardo (69,5%), baixo nível de escolaridade (22,4%). Quanto à forma clínica da tuberculose, foi evidenciada a pulmonar (91,5%). Em relação ao encerramento do tratamento, 63,9% obtiveram cura, 50,9% dos casos não realizaram o Tratamento Diretamente Observado. Entre os exames diagnósticos, destacaram-se os casos de não realização da histopatologia (81,5%), cultura de escarro (86,4%), teste de sensibilidade (75,4%), e teste rápido molecular (69,9%). 67,4% apresentaram o teste HIV negativo e 73,6% dos pacientes investigados não são beneficiárias de programas de renda do governo. Não foi identificada associação estatisticamente significativa entre a situação de encerramento e o quadro clínico de TB-DM As características dos pacientes acometidos pela associação da tuberculose e diabetes descritas neste estudo vão de encontro aos dados encontrados em outros estudos nacionais e internacionais. Destaca-se a importância de melhoria do acesso aos cuidados de saúde e diagnósticos precoce para indivíduos com tuberculose e diabetes por apresentarem quadro de imunossupressão e risco de desenvolvimento de desfechos desfavoráveis do tratamento. |
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