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A História Indígena sempre foi atravessada por discursos equivocados e excludentes desde a chegada dos portugueses no século XVI até os dias atuais. O presente estudo busca fazer uma análise dessa História e sua trajetória no processo de ensino-aprendizagem, bem como valorizar as produções acadêmicas desenvolvidas por autores indígenas ou que trabalhem com a temática, mas numa outra perspectiva que não a europeia, para uma melhor compreensão da história indígena e os efeitos dessa ausência promovida pelos europeus durante vários séculos de colonização. As inquietações desse estudo buscaram compreender como os processos de ensino-aprendizagem se dão no âmbito escolar, mas também como o indígena é percebido enquanto cidadão brasileiro, porém, tão negligenciado pelo Estado, e que durante séculos de colonização teve sua história e sua cultura apagadas em detrimento de outro conhecimento. Tendo em vista a necessidade de se conhecer a História Indígena através dos próprios protagonistas, se buscou como objetivo geral, discutir a representação dessa história por meio do Livro Didático de tal maneira que os objetivos específicos foram pontuados em torno das questões: a) analisar a representação da História Indígena no discurso do colonizador; b) discutir o peso da ausência dessa história; c) problematizar a história contada em dois Livros Didáticos do 6º ano. Foram utilizados como referencial teórico José Carlos Reis (2007), Maria Regina Celestino de Almeida (2010), Circe Maria Bittencourt (1996), Rámon Grosfoguel (2016), Ailton Krenac (2019), Edson Kayapó (2014) e Kaká Werá Jecupé (1998). A partir desse estudo, foram identificados como resultado da pesquisa um reducionismo sofrido pelo indígena na forma como sua história é representada através dos textos e das imagens no Livro Didático (exclusão e apagamento), o que fomenta uma ideia de que a História Indígena é algo menor, sem importância, inexistente ou que não merece ser contada. |
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