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A escrita feminina no campo literário possibilita perceber as nuanças da produção das mulheres sobre situações sociais. A proposta desta pesquisa é fomentar uma discussão em torno da escrita feminina com ênfase nas obras de Maria Valéria Rezende e Carolina Maria de Jesus, articulada às questões em torno da memória e História. A escrita ficcional é uma representação de suas experiências: o viver, o cotidiano e as memórias fazem parte da construção do literato, possibilitando-nos uma maior aproximação das experiências verbalizadas contidas na essência das letras. Todavia, o discurso presente no literato estende-se além de um caráter estético, transformando-se em manifesto de memórias, vozes que ecoam para além dos sentidos. A invenção e a fabricação das múltiplas representações das experiências culturais, fecundadas na legitimidade da aproximação do ficcional com o real, gestam novos espaços dos quais a Literatura é observada como declaração histórica. Portanto, intenta-se, discutir por linhas gerais, a relação entre memória, História e Literatura alicerçada em Chartier (1990), Halbwaschs (1990); Nora (1993); Scott (1992); Certeau (2010); dentre outros autores. Considero a escrita literária uma ferramenta capaz de construir e ressignificar lugares de memórias, sendo esta responsável por identificar as realidades que emergem no coletivo, como também as representações que configuram os modos de ver, sentir e ler, o vasto mundo. |
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