Infecções vaginais e sua correlação com as variáveis climáticas.

Abstract

As infecções do trato reprodutivo feminino são de grande relevância para a saúde pública, tanto pela frequência e sintomatologia associada, quanto pelas repercussões delas advindas. O estudo dos fatores climáticos na epidemiologia, vem embasar as hipóteses de correlação entre esses dados e as patologias. Dessa forma, o presente trabalho objetivou correlacionar dados de infecções vaginais de pacientes atendidas em um laboratório privado com fatores climáticos da cidade de Campina Grande - PB. O estudo foi realizado durante o período de janeiro de 2019 e abril de 2022, onde os dados das bacterioscopias pelo método de Gram e os dados climáticos que abarcam temperatura mínima, média, máxima, precipitação pluvial e umidade relativa do ar , foram correlacionados entre si através do coeficiente de correlação de Pearson. Dentre as bacterioscopias vaginais, a classificação se deu da seguinte forma: flora grau I (40,97%) considerada normal, flora grau II (23,22%), flora grau III (27,41%), e 26 flora indeterminada (8,38%). Os principais achados relacionados às infecções vaginais foram cocos Gram (+), bacilos Gram (-), e fungos. As correlações encontradas com as variáveis climáticas foram de fracas a pequenas, evidenciando discreta relação entre as variáveis estudadas. À vista disso, pode-se concluir que os casos de infecções vaginais estudados, apresentam um discreto aumento nos períodos menos chuvosos, secos, e com temperaturas mais altas, e uma leve diminuição com as temperaturas mais baixas, em períodos mais chuvosos e úmidos.