Resumo:
Introdução: A doença COVID-19 é conhecida por causar insuficiência respiratória aguda, com
alterações cardiopulmonares não totalmente esclarecidas e com síndrome do desconforto
respiratório agudo, caracterizada por hipoxemia grave. Diante da rápida disseminação do vírus,
em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como
uma pandemia. A Síndrome Pós-COVID é considerada quando existe a persistência dos
sintomas de no mínimo 4 semanas após a infecção inicial. Por essa razão, incapacidades
funcionais vêm sendo desenvolvidas, como consequência das sequelas remanescentes e que
podem comprometer a qualidade de vida daqueles que resistem à fase aguda da doença.
Objetivo: Avaliar a capacidade submáxima de exercício em pacientes que tiveram COVID-19
e correlacionar com aspectos da qualidade de vida. Métodos: Estudo do tipo observacional,
transversal, descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa, que ocorreu na cidade de
Campina Grande - PB, na clínica escola do departamento de fisioterapia da Universidade
Estadual da Paraíba – UEPB, no qual os participantes voluntários foram submetidos a realizar
o teste do degrau de 4 minutos. Resultados: Foram avaliados ao total 38 pacientes
diagnosticados através de teste positivo para COVID-19, com média de idade de 38,92 ± 14,11
anos, sendo 9 homens (45 ± 15,30 anos) e 29 mulheres (37 ± 13,16 anos). Os principais achados
do estudo apontam que pacientes que foram diagnosticados com COVID-19 apresentam
impacto na realização de testes submáximos de exercício (como o TD4) mesmo depois de cerca
de 1 ano após a doença. Esse impacto também pode estar relacionado a aspectos como presença
de fadiga e dispneia, visto que tanto homens quanto mulheres relataram escores altos desses
dois sintomas após a realização da avaliação. Conclusão: O teste do degrau tem se mostrado
útil clinicamente na estimativa de tolerância ao exercício em pacientes que foram acometidos
pela COVID-19, uma vez que, é capaz de identificar a baixa tolerância ao esforço e que está
relacionado a uma menor qualidade de vida. Portanto, os achados desta pesquisa servem de
alerta para a necessidade dos pacientes serem submetidos a um monitoramento a curto, médio
e longo prazo, para avaliação e tratamento dos sintomas e condições que podem ser mantidos
mesmo após a recuperação da doença.
Descrição:
OLIVEIRA, Thaianne Rangel Agra. Avaliação da capacidade de exercício em indivíduos acometidos por COVID-19 e a associação com a qualidade de vida. 2022. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.