Consumo de medicamentos potencialmente inapropriados por idosos usuários da polifarmácia e suas implicações: Revisão sistemática

Abstract

O envelhecimento é um processo fisiológico e complexo que envolve o corpo humano e que, devido a alguns fatores como queda da fecundidade e aumento na expectativa de vida, tem crescido de forma acelerada nos últimos anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima-se que no presente ano de 2022, 10,49% da população brasileira seja composta de idosos, tendendo a alcançar o percentual de 25,49% do total da população até 2060. Este processo, na maioria dos casos, vem acompanhado do aparecimento de doenças, sobretudo, as crônicas não transmissíveis, fazendo assim com que essa faixa etária seja usuária de um maior número de medicamentos. A polifarmácia refere-se ao uso concomitante de vários fármacos e, em grande parte das vezes, está associada a desfechos negativos, principalmente, quando relacionada à utilização de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos, os quais, são responsáveis pelo aumento nos casos de interações, quedas, fraturas e custos em saúde. Sendo assim, a escolha de uma farmacoterapia apropriada é um passo de grande importância para a prevenção de efeitos adversos e demais complicações capazes de acometer a população geriátrica. Dessa forma, o estudo em questão, objetivou refletir a respeito do uso de medicamentos potencialmente inapropriados por idosos usuários da polifarmácia, através de uma revisão sistemática de literatura. A pesquisa foi desenvolvida por meio de busca nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico e contou com a análise de 45 materiais, do período de 2017 a 2021. Foi, portanto, possível evidenciar que a participação do profissional farmacêutico na avaliação contínua das prescrições, é indispensável para a promoção de segurança e eficácia no tratamento ao idoso.