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O presente estudo teve por objetivo identificar e conhecer os principais conteúdos
discutidos sobre a perda gestacional, a partir de uma revisão sistemática da literatura
nacional, em Psicologia. Como critérios de inclusão, foram considerados: artigos
nacionais completos publicados entre 2015 a 2021, nas bases de dados SciELO,
PEPSIC, Google Acadêmico e BVS. Como descritores foram utilizados: “perda
gestacional”, “perda perinatal”, “óbito fetal” e “aborto”. Após leitura e análise dos
títulos e resumos, foram classificados apenas 06 produções. Os resultados evidenciaram
que as discussões se concentram nos sentimentos e vivências das mulheres expressando
sofrimento e angústia diante da perda do filho. Ressalta-se a importância do cônjuge e
da família como fontes imprescindíveis de apoio diante da perda. Evidenciou-se
também a importância da escrita enquanto ferramenta que auxilia no processo da perda,
bem como, mantém viva a memória do filho perdido. Foi possível perceber também que
o luto decorrente da perda gestacional não é reconhecido socialmente, dificultando o
processo de elaboração das mães, que silenciam por não poderem expressar sua dor, já
que o entorno social minimiza seu sofrimento. Além disso, os estudos alertam que os
profissionais da saúde são despreparados para lidar com esse sofrimento, necessitando
assim de um espaço de educação permanente para abordar essas questões. Ressalta-se a
necessidade de mais produções sobre o tema, na área de Psicologia, que permitam
subsidiar a prática do psicólogo no campo da saúde e auxiliar no enfrentamento da dor
da mulher e sua família. |
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