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A lei 10.639/03, criada em função da necessidade de se estudar história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas, ocasionou abertura para uma produção literária pautando temas para além do proposto em obras que, até então, eram carregadas de estereótipos europeus impondo padrões de beleza característicos da pele branca, como olhos claros, cabelos lisos, longos e loiros. Em função da diversidade étnico-racial, fez-se urgente a inclusão de conteúdos que representem positivamente o povo negro. Partindo-se desse ponto, este artigo tem como objetivo analisar a representação da família e ancestralidade na formação de uma educação antirracista e de uma identidade étnico-racial positiva como também destacar as etapas iniciais do ensino infantil trabalhando com obras literárias que tragam referenciais positivos através dos personagens negros. O objeto de estudo é o livro Betina, de Nilma Lino Gomes, abordando a temática do cabelo afro como simbologia positiva da identidade negra e a importância da família como principal representante identitário. Para essa pesquisa de cunho analítico e bibliográfico, destacam-se, como fundamentação teórica os estudos de Santana (2006); Anjos (2005); Lima (2005); Dias (2005); Gomes (2005); Cavalleiro (2003 e 2006); Oliveira (2005); Gomes (2002); Souza (2016); Ferreira (2002); Gomes (2003). Em síntese, verifica-se a importância das relações familiares, assim como do debate escolar trazendo temas étnico-raciais em sala de aula como um direcionamento efetivo na afirmação e construção identitária da criança negra. Assim, a literatura possibilita essa construção conosco mesmo e com o outro, fortificando a importância do respeito às diversas etnias, culturas e povos. |
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