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Introdução: A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma neuropatia periférica causada pela compressão do nervo mediano à medida que ele segue pelo túnel do carpo no punho. As manipulações musculoesqueléticas atuam como método de tratamento conservador e acredita-se serem eficazes para melhora da limitação funcional e desempenho nas atividades laborativas e básicas do cotidiano desses pacientes. Objetivo: Avaliar a eficácia das manipulações musculoesqueléticas na melhora do quadro clínico da síndrome do túnel do carpo leve a moderada em pacientes adultos jovens. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de estudos originais, experimentais ou quasi-experimentais (ensaios clínicos randomizados, não-randomizados, antes e depois) que utilizará as bases de dados da Cochrane Library, Science Direct, PubMed, LILACS e Web of Science. Foram incluídos estudos completos envolvendo pacientes adultos jovens (18 a 65 anos) de ambos os sexos, diagnosticados com sintomas e presença de síndrome do túnel do carpo, publicados até a data da busca, abril de 2021. Além disso, trata-se de intervenções por meio de manipulações musculoesqueléticas (terapia manual, terapia de tecidos moles, mobilizações). A princípio foi realizada a leitura e análise dos títulos e resumos com base nos critérios de elegibilidade predefinidos. O texto completo dos estudos potencialmente elegíveis foi recuperado e avaliado criteriosamente. A ferramenta de colaboração Cochrane foi utilizada para avaliação da qualidade metodológica e do risco de viés dos estudos incluídos. As informações mais relevantes foram extraídas utilizando uma planilha excel e tabela Word, de forma a preencher os campos de dados predefinidos com os autores e ano, tamanho da amostra, tipo de intervenção e controle e principais resultados. As diretrizes PRISMA foram seguidas. Resultados e Discussão: A busca retornou um total de 1732 títulos de estudos. Seguido de revisão detalhada e após leitura de título e resumo, 62 estudos foram selecionados para leitura de texto completo. Desses, um total de nove artigos não duplicados seguiram no delineamento da pesquisa. As intervenções incluiram mobilização neurodinâmica (n= 8) e terapia manual (n=1). Os principais comparadores foram terapia sham, imobilização de pulso, fisioterapia de rotina, interface mecânica, modalidades eletrofísicas (ultrassom e laser), cirurgia, e ainda, estudos sem nenhum tratamento ou controle. Conclusão: Foi possível identificar que a maioria das abordagens terapêuticas baseadas em manipulações musculoesqueléticas e mobilização de nervo mediano promoveram melhora significativa na melhora do quadro clínico desses pacientes. |
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