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Ainda que os estudos feministas no campo da literatura tenham nos dado a conhecer um número
expressivo de autoras e obras e nos tenham impulsionado a repensar as nossas ferramentas de análise,
isso não arrefeceu os estudos de obras e autoras desconhecidas da crítica e do grande público. Pelo
contrário, a leitura ou a releitura de uma ou outra autora desconhecida pode trazer contribuições
significativas para repensarmos os aparatos teórico-analíticos da crítica, as pilastras em que se
sedimentou a nossa tradição historiográfica, as relações de poder que mantêm quase incólumes as
estruturas hegemônicas de poder dentro do campo literário e que incidem nas políticas de produção,
circulação e recepção de um autor/a e de outros/as. Nesse cenário, compete ainda à universidade
pública brasileira o zelo pela nossa memória cultural e, com isso, o fomento à leitura e a descoberta
de nomes importantes de nossa literatura que, muitas vezes, por fatores não necessariamente estéticos,
tiveram ou permanecem no esquecimento público. Considerando-se isso, esta investigação científica
objetiva estudar as obras da poeta paraibana Violeta Formiga (1951-1982) a partir das temáticas:
amor, tempo, vida, liberdade, solidão e metapoesia pensando a importância dela para a lírica de
autoria feminina na Paraíba. Ensejamos investigar como as categorias do desejo e da liberdade servem
de alicerce para a poesia da referida escrita. Para tanto, ater-nos-emos à análise dos livros Contra
Cena (1981) e Sensações (1983) a partir dos pressupostos da Teoria da Literatura. Com isso,
esperamos, trazer à luz a obra de uma autora desconhecida do grande público, chamando atenção para
a figura de Violeta Formiga para a cultura paraibana. |
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