Disfunção temporomandibular em professores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba durante a pandemia de COVID-19: Um estudo de prevalência

Abstract

A pandemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, repercutiu em todos os aspectos da vida cotidiana. Como forma de evitar aglomerações por escolas e universidades adotaram o modelo de ensino a distância, que teve um impacto direto na dimensão psicossocial das pessoas envolvidas nesse processo. Conhecendo a relação existente entre os aspectos psicossociais e as Disfunções temporomandibulares (DTM) esse trabalho teve por objetivo identificar a presença de sintomas de DTM, ansiedade e depressão em professores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba durante a pandemia de COVID-19. Foi desenvolvido um estudo transversal com técnica de observação indireta extensiva, onde foram coletados por meio de questionário eletrônico dados demográficos, informações sobre trabalho e de saúde geral, aspectos anamnésicos referentes a DTM, aspectos psicológicos e emocionais utilizando a escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Os dados foram analisados descritivamente e foi verificada associação entre as variáveis utilizando o teste exato de Fisher, adotando um nível de significância de 5%. Participaram do estudo 40 docentes, sendo a presença de sintomas de DTM identificada em 67,5% da amostra, havendo predileção pelo sexo feminino. No momento da coleta 52,5% estavam em home office, e a uma maior taxa de resposta dos professores de Fisioterapia. A ansiedade foi identificada em 42,5% e a depressão em 32,5%. Houve relação estatisticamente significante entre a presença de sintomas de DTM e ansiedade. Assim, os sintomas de DTM estiveram presentes nos docentes avaliados, sendo os sintomas mais comuns as dores de cabeça, dores na nuca e no pescoço e hábitos bucais; e a presença de DTM esteve associada a presença de ansiedade.