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O câncer consiste em um conjunto de doenças caracterizadas por uma desordem genética desencadeada por mutações do DNA que induzem as células a sofrerem divisões cada vez mais aceleradas e incontroláveis, dando origem a tumores e podendo causar metástase. Dentre as alternativas terapeuticas, destaca-se como tratamento sistêmico a quimioterapia antineoplásica através do uso de fármacos que atuam no processo de divisão celular e, assim, combatem as células tumorais. Contudo, a maioria desses fármacos causam reações adversas importantes, sendo a mielossupressão uma delas. Diante disso, o objetivo deste estudo é analisar as alterações no leucograma de mulheres submetidas a quimioterapia antineoplásica em uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade da Paraíba. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, cuja amostra é composta por 49 mulheres diagnosticadas com câncer e tratadas com um protocolo de quimioterapia antineoplásica. Após análise dos exames laboratoriais e quantificação média dos elementos do leucograma, observou-se que os ciclos de quimioterapia onde a imunossupressão ficou mais evidente foram os ciclos 3 e 4 com valores médios de, respectivamente, 4902,04 e 5551,02. Também foi possível observar que os valores de neutrófilos segmentados, eosinófilos, linfócitos e monócitos estavam abaixo dos valores de referência em todos os ciclos analisados. Diante dos achados, reitera-se que a quimioterapia antineoplásica influencia os valores do leucograma, podendo tanto reduzir como exacerbar a quantidade de leucócitos circulantes no sangue. De igual forma, evidencia-se a importância de que todos os profissionais da saúde estejam atentos às alterações nos exames laboratoriais dos pacientes oncológicos e saibam como analisar e intervir nas consequências clínicas que essas alterações provocam no organismo para que as melhores condutas sejam adotadas, de modo que promovam maior conforto e qualidade de vida a estes indivíduos. |
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