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Esta monografia tem como centralidade a ética de Simone de Beauvoir (1908-1986), filósofa francesa existencialista, romancista, ateia, intelectual e teórica feminista. Especificamente no que diz respeito à liberdade, Beauvoir traz em seu livro por uma moral da ambiguidade [1947] o cerne de suas investigações, o texto está inserido na primeira fase de sua filosofia. A tese central deste livro, qual é o objeto de estudo desta pesquisa, já nos dá indícios do que pretende Beauvoir em sua ética, que é o de afirmar que há uma ligação do eu-outro, e afirmar essa ligação permite com que se criem leis que abarquem suas subjetividades dentro do coletivo. A liberdade que a autora buscou não só teorizar, mas vivê-la, tem como pressuposto primeiro a ideia de ambiguidade: a condição humana. A autora procura esmiuçar o que entende por essa ambiguidade, o que é necessário para conquistar a liberdade através da aceitação dessa condição humana, os próprios limites que tanto a ambiguidade quanto a liberdade possuem e qual o papel de conquistar a liberdade em um mundo mergulhado na má-fé, na realidade dada e na tentativa de transferir a responsabilidade das ações para o plano metafisico. A transcendência de si no mundo é justamente a aceitação da ambiguidade dessa condição humana que se firma no solo do desvelamento do Ser e do Mundo, tudo isso para que possa viver numa vida autêntica e livre sendo este o fim último de sua filosofia. |
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