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A crise da pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de consequências econômicas,
políticas e sociais em escala global. Conforme o vírus se alastra, um fenômeno tão perigoso
quanto a pandemia ganha espaço, é a Infodemia. Em meio ao contexto de insegurança,
perdas materiais e simbólicas, o alto fluxo informacional e de desinformação vem gerando
demandas complexas e inesperadas. Partindo da compreensão da pandemia como
traumática, este trabalho objetivou investigar como a população idosa vem percebendo a
Infodemia durante a pandemia do Covid-19. Este estudo foi norteado pelos pressupostos
teóricos do paradigma do envelhecimento ao longo da vida. Desse modo, o método de
pesquisa foi transversal e descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa. A amostra
foi de tipo não probabilística em bola de neve, contou com 37 participantes, de ambos os
sexos, com idades a partir de 60 anos (média de idade igual a 68,03; DP= 6,97) e residentes
no município de Campina Grande – PB. A coleta dos dados se deu em formato online
através da plataforma Google Meet, entre os meses de Junho e Agosto de 2021. Os dados
foram processados e analisados no SPSS Statistics e pelo software Iramuteq. A análise dos
resultados evidenciou o sofrimento psíquico advindo da demasiada exposição as
informações midiáticas, a vulnerabilidade do grupo geracional frente o Covid-19, a
necessidade do letramento/ alfabetização em saúde, e os canais de comunicação entendidos
como confiáveis. Conclui que o alto fluxo informacional dificulta que informações úteis em
saúde alcancem a população além de descredibiliza-las, concomitantemente, dificulta-se a
tomada de decisões, sendo necessário investimentos na promoção de práticas
informacionais críticas, éticas e acessíveis a pessoa idosa. |
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