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O presente trabalho trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de intervenções realizadas na brinquedoteca do Hospital da Criança e do Adolescente, na cidade de Campina Grande – PB, tendo como público alvo crianças que se encontravam internadas na enfermaria desse mesmo hospital e seus acompanhantes/familiares, no período entre os anos de 2018 e 2019. As atividades foram desenvolvidas a partir do projeto de extensão “Brinquedoteca Hospitalar – espaço de aprendizagem desenvolvimento psicossocial e qualidade de vida”, em vigor através do curso de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O estudo teve seu aporte teórico apoiado na psicanálise freudo-lacaniana, com a qual pretendeu-se destacar a importância do brincar como um caminho possível para a expressão subjetiva da criança e, assim, a significação de seus medos e angústias que apresentam-se frente ao real do contexto hospitalar. Nas intervenções foram utilizadas brincadeiras, jogos, narração de histórias, teatro de fantoches, histórias inacabadas, desenhos e colagens, todas desenvolvidas pela equipe de extensão. Nas experiências obtidas, foi possível observar a relevância da brinquedoteca no ambiente hospitalar como espaço de travessia para a construção subjetiva da criança em processo de internação. Percebeu-se, ainda, como os protocolos existentes no hospital atravessam esses sujeitos, a dificuldade da equipe médica em perceber o que há de singular em cada paciente, como se dá o trabalho do analista perante este cenário médico e como este pode valer-se do brincar como recurso para a escuta na clínica com crianças em diversos campos de atuação. |
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