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As temáticas que são postas pela literatura afro-brasileira com representação LGBT+ consagram personagens que anteriormente não eram vistos, dando-lhes voz e protagonismo. Esses textos, quando escolarizados, possibilitam formar sujeitos críticos e reflexivos, preparando-os para lidar com um mundo diversificado, múltiplo e subjetivo. Considerando isso, este estudo tem como objetivo propor uma experiência de leitura literária, com a narrativa “Beijo na face”, de Conceição Evaristo, presente no livro Olhos d’água (2014), para o Ensino Médio. Busca-se, além de cumprir com a orientação da Lei (10.645/03), que determina a inserção de literatura e história africana e afro-brasileira, e de seguir o que prescreve os documentos oficiais como a BNCC (2018), utilizar a literatura como ferramenta de letramento para uma conscientização e empoderamento dos alunos sobre raça e sexualidade. Para tanto, recorremos aos pressupostos teóricos de Cosson (2009) Souza e Cosson (2011) sobre a inserção da literatura em sala de aula e o letramento; Hall (2006), Bauman (2005) e Berth (2019), sobre questões intrínsecas à identidade; Candido (2006, 2011), Bosi (2002), Proença Filho (2004) Evaristo (2009) sobre a literatura, dentre outros. Conclui-se que a obra literária permite a possibilidade de que o leitor reconheça múltiplas vivências, bem como se reconheça nesta. A sala de aula é um espaço de inclusão em que todos devem fazer parte. Mais do que somente ir à escola, o discente precisa vivenciá-la, presenciar e participar das diversas manifestações que o ambiente proporciona. A aula de literatura, por tratar de subjetividades, permite que os alunos explorem suas concepções, suas interpretações e entendimentos de mundo. |
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