Abordando a variação linguística e o gênero cordel na educação básica: uma proposta de atividades para o 9º ano do ensino fundamental

Abstract

É bem comum visualizar, em diversos âmbitos culturais, o modo de falar de alguns indivíduos ser tratado como “equivocado”, sendo proferidos, muitas vezes, discursos preconceituosos por pessoas que, talvez, desconheça a diversidade da língua. Tal fato acarreta falta de empatia perante as distinções linguísticas do outro. Partindo desse pressuposto, o objetivo geral do nosso trabalho é abordar a importância do ensino variacionista na educação básica, utilizando como alicerce o gênero cordel. Para o desenvolvimento do artigo, utilizou-se os pensamentos de estudiosos que refletem a respeito da variação linguística, como Bagno (1999; 2008) e Bortoni-Ricardo (2004; 2005). Foram utilizados, ainda, os documentos oficiais da educação: Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN (BRASIL, 1998a; 1998b) e Base Nacional Comum Curricular — BNCC (BRASIL, 2018), entre outros. Sendo assim, a metodologia utilizada foi de abordagem qualitativa, sob o método do cunho bibliográfico. Com base nisso, propomos em nosso trabalho uma proposta didática intervencionista destinada ao Ensino de Língua Portuguesa para as turmas de 9° ano do Ensino Fundamental da Educação Básica. Portanto, a partir do presente trabalho, concebemos a variação linguística com mais respeito, tendo em vista que reconhecemos a heterogeneidade linguística não como “erro”, mas como a valorização do uso real da língua principalmente através das atividades propostas, uma vez que as mesmas contribuem positivamente para o ensino e orientação da temática em sala de aula.