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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) emitem uma preocupação para que os meninos e as meninas sejam leitores críticos, reflexivos, tendo como objetivo a atuação e a transformação dos espaços que ocupam. A questão que surge, deste modo, é como e quando a literatura adentra o espaço da Educação Básica, etapas contempladas por esses documentos. Sob a pergunta de ‘como a obra juvenil metaficcional pode contribuir na formação de um outro leitor, mais fruído, questionador e inventivo?, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, tivemos como objetivo propor uma intervenção com o texto literário juvenil para alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, elegendo O invisível (2011), de Alcides Villaça, com ilustrações de André Sandoval, como corpus. Com finalidade disso, buscamos também i) refletir sobre a Literatura nos Documentos Oficiais; ii) discutir sobre os percursos da literatura juvenil e a contemporaneidade; e iii) revisitar propostas significantes para o espaço plural com o texto literário no contexto escolar: a recepção e o Letramento Literário, conforme Iser (1999; 1996; 2002) e Cosson (2018). Lançamos mão ainda de uma base teórica que abarca as discussões sobre a Literatura juvenil (GREGORIN FILHO, 2011; ZILBERMAN, 2014; COLOMER, 2017) e o texto metaficcional e a instância das ilustrações como lugar significante no projeto tipográfico (NAVAS, 2015; FARIA, 2012), além da contribuição de outros pesquisadores. A obra juvenil, contornada pela tessitura da autorreflexividade metaficcional, direciona e convida o leitor para a interação, possibilitando um empenho na (re)construção dos significados na obra, permitindo, com isso, o deslocamento do lugar-comum da decodificação ou do uso do texto como pretexto. |
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