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O papel de cuidador dos indivíduos diagnosticados com Alzheimer é assumido por algum familiar, e pela complexidade da doença, oferece ao cuidador familiar impactos físicos, emocionais e sociais. O enfermeiro da Atenção Primária a Saúde, é essencial nesse cuidado, por ser capaz de ofertar uma assistência integral a esse público. Esse estudo objetiva analisar o papel do enfermeiro ao olhar para as necessidades dos cuidadores familiares no manejo do Alzheimer, considerando o processo de trabalho dos enfermeiros e as vivências dos cuidadores, dentro da Atenção Primária a Saúde, no Município de Campina Grande, PB. Esse é um estudo descritivo exploratório, com abordagem quali-quantitativa desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) do município de Campina Grande, PB, de março de 2021 a agosto de 2022, com enfermeiros e cuidadores familiares. Participaram 9 enfermeiros e 18 cuidadores familiares, a queixas dos cuidadores mais referida pelos enfermeiros foi o comportamento do demenciado, 45% dos enfermeiros não realizam nenhuma intervenção com o cuidador e só 33% realiza orientações, a limitação mais apontada foi a dificuldade com a referência, para consultas e exames, e na contrarreferência e sobrecarga do processo de trabalho. Os cuidadores atribuíram sentimentos negativos ao diagnóstico e manejo, citando paciência, falta de preparo, medo, dificuldade financeira, agressividade, redução do afeto. 60% cuidam em tempo integral, não recebem apoio familiar, 45% não possuem tempo livre e 55% não participa de atividade sociais e de lazer, pela intensa sobrecarga, levando a 55% com sintomas ou diagnóstico de ansiedade ou depressão. As maiores dificuldades apontadas pelos cuidadores foram banho, medo de queda, teimosia, sobrecarga, alimentação e medicações, ainda houveram outra diversidade de sintomas. Citaram como necessidade melhorias a marcação de exames e consultas, a assistência do médico e do enfermeiro e visitas domiciliares mais frequentes. 55% dos cuidadores demonstraram interesse em participar de atividades coletivas na unidade, mas apresentaram dificuldades. Muitas necessidades dos cuidadores não estão sendo percebidas nem sanadas pelos enfermeiros, por isso a indispensabilidade de ter um olhar diferenciado, de estar próximo e questionar as necessidades desses cuidadores, para que a assistência ocorra de forma mais efetiva, visto que grande parte das dificuldades podem ser minimizadas com orientações e educação em saúde, sendo o enfermeiro da APS um profissional essencial esse processo, pelo seu potencial como educador, como cuidador. |
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