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O mito bíblico de Salomé, retratado, primeiramente, nos evangellhos de São Marcos e São
Mateus, gira em torno da filha de Herodíades, que levaria à decapitação de João Batista. O
mito aborda a história de Salomé, princesa da Judéia, que, incentivada por sua mãe, realiza a
dança dos sete véus para seu padrasto Herodes e recebe como prêmio, pelo espetáculo, a
cabeça do profeta João batista. Paralelamente a essa narrativa, destacamos a peça Salomé, de
Oscar Wilde, escrita no final do século XIX, na qual a princesa em questão possui um caráter
perveso, sendo representada como um mulher má, diábólica e fatal. Partindo desse contexto,
por meio de uma pesquisa bibliográfica, este trabalho analisou a representação de Salomé,
diante da marginalização feminina na peça homônima, publicada por Oscar Wilde em 1891.
Portanto, para realização desta pesquisa, foi necessária a contribuição de autores, como:
Morais (2012), Monteiro (1998), Pereira (2014), Souza (2015) Pallotini (1989) e Prado et al.
(1968), que constituíram o corpus deste trabalho, nos ajudando a analisar que, ao longo da
história, a figurativização cultural do feminino se estruturou como representação diabolizada.
Além disso, as mulheres tiveram, por muito tempo, suas vozes silenciadas, mediante uma
sociedade utilitária e opressora. |
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