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Este trabalho traz uma leitura da obra O pequeno príncipe preto (2020), do escritor brasileiro Rodrigo França cuja narrativa é direcionada para o protagonismo negro. O objetivo está em verificar quais elementos concorrem para a representação do negro para “além de uma história única”, como apontado por Chimamanda Ngozi Adichie, quando tratamos da representação de histórias sobre uma única perspectiva, geralmente branca. Essas questões põem em pauta a ressignificação do conceito de príncipe e sua representação social, bem como para a valorização da identidade étnico-racial. Em relação à metodologia, adotamos uma abordagem qualitativa e analítica, com um estudo que se desenvolveu por meio de uma pesquisa de natureza bibliográfica. Buscamos, com isso, a análise sobre a obra O pequeno príncipe preto, de autoria de Rodrigo França, publicado em 2020. Fundamentam essa discussão estudos voltados para as temáticas em torno da literatura infantojuvenil, literatura afro-brasileira, a representação do negro na sociedade e educação antirracista, a exemplo de Coelho (2000-2010), Colomer (2017), Cosson (2020), Munanga (2004), Cunha (1999), Filho (2011), Góes (1991). Observa-se, como resultados, que a ancestralidade do povo negro é um fator determinante para a compreensão e afirmação de princípios culturais afro-brasileiros presentes na narrativa, assim como em nosso cotidiano, a pautar aos leitores uma representação identitária positiva do negro. Compreendemos que a obra de Rodrigo França contribui para a formação identitária positiva do negro, permitindo que as crianças possam vivenciar o que foi negado pela historiografia, serem príncipes e princesas com os traços negroides. |
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