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O presente artigo tem como objetivo refletir e problematizar o lugar que a mulher ocupa em
relação à maternidade. A reflexão foi norteada por meio de interlocuções entre as ideias do
movimenta feminista e o pensamento psicanalítico, através de importantes figuras de ambos os
discursos. Nesse sentido, as discussões trazem à tona discursos ambivalentes do movimento
perante as ideias freudianas. Ora marcados por uma relação de desencontros, polêmicas e
oposições; ora pelo reconhecimento do movimento pela psicanálise. De tal modo que tiveram
nos movimentos feministas a presença de psicanalistas, as quais promoveram riquíssimas
contribuições teóricas para o movimento, esse momento ficou conhecido como feminismo
psicanalítico. Desse modo, o estudo aborda algumas considerações acerca do surgimento das
primeiras concepções sobre as relações familiares até os dias atuais. Para a elaboração do artigo,
realizou-se uma pesquisa narrativa de literatura, descritiva e com uma abordagem qualitativa.
O levantamento bibliográfico foi feito através de informações presentes em livros, revistas
eletrônicas, artigos científicos e dissertações. Os materiais onlines utilizados foram encontrados
nas plataformas do Google Acadêmico, do SCIELO Brasil (Scientific Electronic Library
Online) e da PEPSIC (Periódicos Eletrônicos em Psicologia). Os resultados mostram o quanto
às dinâmicas e as relações familiares foram drasticamente se modificando ao longo do tempo,
conforme a sociedade foi se transformando. No entanto, no decorrer das discussões, percebe-se
que apesar das lutas instigadas pelo movimento feminista, o processo de reivindicações
relacionadas às mudanças de papéis que oprimem a mulher vem acontecendo vagarosamente.
De tal forma que, a sociedade do século XXI, trata-se de uma sociedade que ainda insiste em
dirigir as responsabilidades dos cuidados das novas gerações às já sobrecarregadas mulheres,
de forma catastrófica. Conclui-se, portanto, a importância de refletir sobre uma atuação
igualitária entre os papéis parentais na criação dos filhos, fazendo-se pertinente a atualização
de estudos e de debates acerca da temática. Posto que, por detrás do discurso romantizado da
mulher guerreira, mascara-se a sobrecarga feminina. |
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