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A literatura é a expressão artística que utiliza a palavra para manifestar a fecunda
criatividade do escritor e da escritora para falar de sentimentos, ideologias e de
diferentes perspectivas sociais, culturais, econômica, política, dentre outros temas.
Dito isso, este trabalho analisa a figuração da personagem negra no contexto da favela
e a sua escrita como uma forma de resistência em Quarto de despejo: diário de uma
favelada (1960), de Carolina Maria de Jesus, atentando para os aspectos sociais
presentes na narrativa. A literatura negra brasileira, afro-brasileira ou de autoria de
pessoas negras, é fundamental para a cultura nacional, e por isso é necessário
destacar a sua relevância quando se trata de autoria feminina, já que a mulher,
evidentemente, sofreu e continua sofrendo preconceitos relacionados ao seu gênero.
Com isso, buscamos entender as condições de moradia dos indivíduos das favelas
brasileiras dos anos 60 e como o diário escrito por Carolina ajudou a escritora a sair
da precariedade e miséria da favela do Canindé na grande São Paulo, cuja escrita é
pontuada por inúmeras denúncias sociais. Do ponto de vista metodológico, trata-se
de uma pesquisa de caráter bibliográfico com respaldo teórico de Zolin (2009), Farias
(2018), Meihy (2016), Magnabosco (2016), Fernandes (2015), dentre outros. Espera se que este trabalho possa trazer contribuições para os estudos literários e a
sociedade, uma vez que Carolina Maria de Jesus utiliza a arte para evidenciar e
denunciar o preconceito, a discriminação, a fome e a desigualdade social no Brasil. |
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