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É sabido que as práticas culturais e religiosas dos povos africanos, escravizados, levados a força para outro continente nunca foram bem vistas aos olhos dos colonizadores, e ao contrário do que se pensam, séculos após a abolição da escravatura, e mesmo tendo ganhado um certo espaço, no Brasil, esse tipo de religião ainda continua sendo menosprezada, e tida como errada. Nessa perspectiva, esta pesquisa calcou-se na seguinte incógnita: como as tradições afro religiosas se perpetuaram em meio a tantas represálias até os dias atuais. Através da análise do romance “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves (2020), objetiva-se, fazer uma reflexão acerca das contribuições advindas de tais práticas religiosas para a formação cultural e identitária do povo brasileiro, bem como, desmistificar as visões racistas e preconceituosas, as quais atribuem à essa matriz religiosa o conceito de demonização. Para realização da pesquisa, buscou-se fundamentar-se em autores validados pela fortuna crítica como Prandi(2001), Eliude(1972), Verger(1983), Duarte(2009) e Munanga(2015). |
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