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O Brasil é um país onde o saneamento ambiental ainda é privilégio de poucos, passando ao largo das periferias onde vive a maioria da população, e essa realidade não é diferente no Estado da Paraíba, onde a maioria dos municípios não tem esgotamento sanitário. A falta de saneamento acarreta diversos impactos negativos sobre a saúde da população, contribuindo para o aumento das doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI). Este estudo teve como objetivo geral analisar a situação do saneamento básico no Estado da Paraíba, como fator de risco à ocorrência de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. Foi realizada uma pesquisa descritiva objetivando gerar conhecimentos sobre os serviços públicos de saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário no Estado da Paraíba, em 2020 e foi realizado um levantamento de dados sobre internações de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, no ano de 2020. Os dados sobre abastecimento de água, esgotamento sanitário no Estado da Paraíba, foram obtidos do banco de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os dados sobre DRSAI foram obtidos nos arquivos do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA e Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/DATASUS) do Ministério da Saúde. A oferta irregular do abastecimento de água potável, política ineficaz de gestão de resíduos sólidos e o tratamento de esgoto são alguns dos aspectos da crise de saneamento nos municípios paraibanos, fatores predisponentes ao surgimento das Doenças Relacionadas com o Saneamento Ambiental Inadequado. O estudo mostra que ainda hoje, no Estado da Paraíba, as DRSAI significam uma importante questão de Saúde Pública, sendo responsáveis por elevadas taxas de morbimortalidade, com destaque para as doenças de transmissão fecal-oral, a exemplo das diarreias que apresentam maior taxa de internações hospitalares. |
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