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As feiras livres são regiões de venda e troca que por muitas vezes são esquecidas em
termos dos seus aspectos ambientais. Nesses locais sempre existem/ocorrem uma
grande concentração de pessoas, as quais trabalham ou frequentam a localidade.
Dessa forma esses transeuntes frequentemente são acometidos pela ocorrência de
diversas poluições, dentre elas a poluição sonora. Presentemente esse tipo de
poluição vem se apresentando em destaque como importante problema ambiental em
centros urbanos. Esta poluição causada pela propagação de um som em tons acima
do tolerável pelos organismos vivos pode causar danos a saúde irreversíveis aos
indivíduos a ela expostos (dependendo da sua intensidade, frequência e tempo de
exposição). Desse modo, o presente trabalho teve por objetivo analisar os níveis de
pressão sonora em feiras livres na cidade de Campina Grande – PB, se detendo as
suas feiras mais extensas e movimentadas (Feira Central, Feira da Prata, Feira da
Liberdade e Feira das Malvinas) visando assim realizar um levantamento da questão
sonora nesses ambientes urbanos. Também foram verificados possíveis danos
causados à saúde humana devido a essa poluição, bem como medidas de mitigação
para a mesma. Os dados de pressão sonora foram coletados aos sábados ou
domingos entre 5 e 8 horas da manhã (dias de maior movimentação nessas feiras),
com auxílio de um Decibelímetro Leq Digital Portátil IP-170L Impac e um GPS eTrex®
10 Garmin Ltd. Por meio dos dados obtidos foram identificados níveis de pressão
sonora acima dos limites permitidos pela NBR 10151/20 e Lei Complementar N° 042
de 24 de setembro de 2009 da cidade de Campina Grande – PB, em todas as feiras
analisadas. A Feira Central, a Feira da Prata e da Liberdade obtiveram amostras com
valores acima de 80,00 decibéis (dB) destoando de forma elevada do valor permitido
por norma (65,00 dB). Em contraste, a Feira das Malvinas apresentou apenas um
valor acima dos níveis (69,03 dB), situação justificada pelo fato da presente feira ter
sua estrutura projetada e bem-organizada, cumprindo com a expansão prevista no
projeto. Como possíveis medidas de mitigação a serem sugeridas a órgãos ambientais
responsáveis estão: aumento das atividades de gestão, fiscalização periódica pelo
órgão ambiental competente, assim como reforma ou ampliação das feiras e, em
alguns casos, uso de materiais construtivos que proporcionam melhor acústica. |
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