Prevalência da incontinência urinária e fatores associados em mulheres atendidas na Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB

Abstract

Introdução: A incontinência urinária (IU) é descrita como a perda involuntária de urina. Os estudos epidemiológicos relatam que a presença da IU em mulheres adultas variam de 5% a 72%; e seus fatores de risco envolvem dados sociodemográficos, hábitos de vida e histórico médico. Objetivo: Verificar a prevalência da IU e os fatores associados em mulheres da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e analítico, de corte transversal. Foram incluídas mulheres com mais de 18 anos, atendidas na CEF da UEPB. Mulheres que possuíam infecção urinária recente, déficit cognitivo que a tornasse incapaz de entender o questionário aplicado ou que se negaram a responder às questões a elas empregadas foram excluídas. Os instrumentos para coleta de dados se deu através da aplicação de três questionários: a) “Sociodemográfico e clínico”; b) “Female Sexual Function Index (FSFI)” e c) “International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF)”. Resultados/discussão: Das 99 mulheres, 88 compuseram a amostra. Através dos dados sociodemográficos e clínicos, houve relação entre idade, secura vaginal, número de gestações e partos, histerectomia, episiotomia, menopausa e perda de urina na relação sexual com a prevalência da IU. Conclusão: Os sintomas urológicos prevaleceram sobre os sexuais, onde cerca de 60% das participantes do estudo relataram uma perda involuntária de urina. A IU em mulheres está associada com os dados sociodemográficos e histórico médico, tratando-se de uma condição multifatorial e de causas biopsicossociais. Entre as queixas sexuais, a dispareunia, a anorgasmia e a perda de urina durante a relação sexual foram as mais prevalentes. É necessário mais pesquisas acerca dos sintomas urinários e sexuais na população feminina, buscando melhor entendimento sobre a temática.