Resumo:
Introdução: As infecções virais respiratórias são comuns em todo o mundo apresentando morbidade, mortalidade e danos econômicos significativos. Os indivíduos que apresentaram sintomas moderados ou leves podem ter algum grau de comprometimento após a fase aguda da doença. A COVID-19 pode ocasionar limitações das atividades de vida diária e restrição à participação do indivíduo no seu contexto social. Isto afeta todo o contexto biopsicossocial e ocasiona grande prejuízo na funcionalidade e, consequentemente, na qualidade de vida. Assim, a prática de atividade física regular é essencial, pois minimiza os efeitos deletérios à saúde. Objetivo: Avaliar o nível de atividade física, sintomas musculoesqueléticos em estudantes universitários de fisioterapia que foram infectados pela COVID-19 e correlacionar os resultados com a prática de atividade física. Métodos: estudo do tipo observacional e de caráter transversal, realizado por meio de um formulário eletrônico online composto pela anamnese, avaliação subjetiva dos impactos da COVID-19 nas AVD’s, questionário internacional de atividade física e questionário nórdico de sintomas musculoesqueléticos. A população foi composta por estudantes universitários de fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) que foram infectados pelo novo coronavírus e que se disponibilizaram a participar do estudo de forma voluntária. Resultados: No total 94 estudantes participaram voluntariamente respondendo ao formulário online. Com média de idade de 22,00 ± 4,13 anos, sendo 19 homens (22 ± 2,97 anos) e 75 mulheres (22 ± 4,41 anos). Os principais achados do estudo mostram que 55,3% dos participantes tiveram suas atividades de vida diária afetadas após o contágio da doença, menos de 9% são classificados como Sedentários e metade da população encontra-se entre as classificações de Ativo e Muito Ativo (72,3%), foi evidenciando que houve a prevalência de sintomas musculoesqueléticos persistentes podendo haver impactos da doença na qualidade de vida dos mesmos. Conclusão: Os dados coletados na presente pesquisa, fornecem uma visão ampliada acerca do nível de atividade física dos estudantes, onde mais da metade da população participante foi considerada como Ativos ou Muito Ativos, demonstrando que encontram-se bem fisicamente para a realização de atividades físicas. De acordo com os sintomas musculoesqueléticos foi possível observar que mesmo após a fase aguda da doença os participantes ainda apresentam sequelas que podem interferir direta ou indiretamente no desempenho das atividades funcionais desses indivíduos.
Descrição:
LIMA, Camilla Cristina Menezes Araújo de. Nível de atividade física e sintomas músculo-esqueléticos pós-covid-19 em estudantes de fisioterapia. 2022. 44f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Fisioterapia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.