Vida após pandemia: Análise do conhecimento sobre práticas integrativas e complementares dos profissionais das unidades de saúde da família, que estiveram no enfrentamento da covid-19.

Abstract

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPICS), aprovada pela Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006 e vêm incentivando diversos profissionais a se capacitarem e procurarem trabalhar de forma integrada. Os benefícios observados com o uso das práticas coincidem com alguns dos problemas ocasionados, por conta da pandemia da COVID-19, destacando-se como medidas para minimizar os mais variados efeitos deletérios da pandemia. Objetivo: Analisar o conhecimento por parte dos profissionais das unidades de saúde da família, que estão no enfrentamento da COVID-19, sobre práticas integrativas e complementares, bem como essas podem contribuir para a população. Metodologia: A pesquisa foi do tipo observacional transversal, descritiva simples, com abordagem quantiqualitativa. Resultados: O número de questionários respondidos foi 32, com um público de respostas maior do sexo feminino e com idade superior a 40 anos. A análise dos questionários sobre o conhecimento das práticas integrativas e complementares aplicados junto a profissionais das unidades de saúde da família que estiveram no enfrentamento da COVID-19, mostrou um nível baixo de conhecimento da área, uma utilização inexpressiva e pouco incentivo para capacitação na área. Conclusão: Concluiu-se que grande parte dos profissionais, das diversas profissões que foram abordadas não conhecem as PICS e não recebem incentivo para se capacitar na área, além do uso nas unidades ser escasso. Entende-se que existe falta de capacitação e diante do que se tem visto sobre os benefícios das PICS na população, isso pode interferir na qualidade de vida dos pacientes, não possibilitando o acesso a essas formas de cuidado. Diante destes dados, ficou claro a necessidade de maiores incentivos e investimentos na área, visando a capacitação dos profissionais para prestar uma melhor assistência à saúde da população.