Caracterização do perfil farmacoterapêutico e avaliação da adesão ao tratamento de portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus tipo 2.

Abstract

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) incluindo Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) causam morte prematura, incapacidades e gastos elevados para o indivíduo e o sistema de saúde. A farmacoterapia é considerada um método imprescindível para alcançar resultados positivos no tratamento das DCNT, para tal fim deve-se haver adesão ao tratamento, seguindo a posologia indicada pelo prescritor e demais recomendações dos profissionais da saúde, incluindo o farmacêutico. O presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil farmacoterapêutico e avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso de pacientes com HAS e DM2. Tratou-se de um estudo observacional, descritivo, prospectivo e transversal de natureza quantitativa realizado no período de julho a outubro de 2022, na Unidade Básica de Saúde (UBS), em, Campina Grande-PB. As variáveis estudadas foram sociodemográficos, farmacoterápicas e aspectos clínicos. Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva e o software R. Studio A amostra foi constituída por 50 pacientes, 23 domiciliados e 27 participantes do Programa de Cuidados Farmacêuticos (PROCUIDAF) na referida UBS. Desse total, 40% (n = 20) apresentavam idade igual ou superior a 80 anos e 76% (n = 38) pertenciam ao gênero feminino. Com relação a escolaridade, 60% (n = 30) afirmaram não ter concluído o ensino fundamental e 18 pacientes confirmaram receber até um salário mínimo, sendo 84% aposentados. Quanto as DCNT, 62% (n = 31) apresentavam HAS isolada, 6% (n = 3) manifestou somente a DM2 e 32% (n = 16) HAS associada ao DM2. Constatou-se que 56% da amostra utilizavam quatro ou mais medicamentos, caracterizando polifarmácia e os diuréticos mostraram-se presente em 54% das prescrições. Afirmaram ter autonomia na administração dos medicamentos 76% (n = 38), 24% (n = 12) declararam depender de terceiros, 52% (n = 26) relataram ter esquecido de tomar seus fármacos nos últimos sete dias, 26% (n = 13) informaram que não faz o uso no horário recomendo e 30% (n = 15) dos usuários não entendem a posologia de seu tratamento. O farmacêutico, através dos serviços clínicos deverá auxiliar o usuário na adesão a farmacoterapia, visto que os resultados positivos do tratamento reduzirão os agravos das DCNT e contribuem para uma longevidade saudável e feliz.