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A partir da produção literária realizada diante das experiências de psicanalistas nas instituições de saúde mental com as urgências subjetivas, o interesse de produzir um trabalho que trouxesse para o cerne das discussões acadêmicas a abordagem psiquiátrica e psicanalítica das psicoses foi desenvolvido. Uma revisão bibliográfica não sistemática constituiu-se como o método utilizado para o desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A psicose, abordada enquanto doença, na classificação psiquiátrica, com as elaborações iniciais de Freud sobre a paranóia, foi vista como um modo de defesa patológico do eu, posteriormente especulada no sentido de nela haver um domínio do Isso sobre o Eu. Capturando tais idéias freudianas, Lacan vai aprofundar o pensamento de que, no sujeito psicótico, não incide a castração, introduzindo o conceito de Foraclusão da Metáfora Paterna, para fundamentar sobre a predisposição que Freud tanto questionava para a psicose, tomando-a, assim, em termos de estrutura. Com Lacan foi possível pensar também numa intervenção da psicanálise na psicose, indo de encontro às recomendações freudianas. Este artigo discorre sobre essas recomendações e sobre as possibilidades para o sujeito da psicose na clínica das emergências psiquiatrias e na clínica psicanalítica, como também sobre as intervenções que esta propõe nas situações de crise, concebidas, para a psicanálise, como urgência subjetiva. |
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