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A Caatinga é o quarto maior bioma do Brasil, possuindo uma paisagem tipicamente seca e
resiliente. Composta por tipos variados de vegetação, o que a faz, um dos locais mais
biodiversos do mundo, habitat de espécies endêmicas que desempenham importantes serviços
ecossistêmicos, como a dispersão de sementes. Na Caatinga, as aves, são um dos principais
grupos de vertebrados frugívoros que atuam como dispersores potenciais de muitas espécies
de plantas. Foram identificadas 548 espécies de aves no bioma; muitas das espécies
endêmicas estão em um estado crítico de conservação. O objetivo deste trabalho foi fazer uma
revisão de literatura que destacasse a importância da restauração ecológica do bioma
Caatinga, bem como, discutir alguns dos métodos de restauração que estão sendo realizados
em ambientes semiáridos. Tendo como principal alvo evidenciar o papel da avifauna
dispersora de sementes no processo de recuperação de áreas degradadas, através da utilização
de poleiros artificiais. Concluiu-se que: (1) A exploração da Caatinga pela ação antrópica em
conjunto com as mudanças climáticas, estão aumentando o risco de desertificação. (2) A
restauração ecológica é o caminho ideal para prevenir danos futuros e reconstruir áreas
degradadas do bioma, e algumas técnicas já mostraram bons resultados. (3) O uso de poleiros
artificiais associados a benefícios como bacias de água adicionais, pode aumentar a deposição
e variabilidade de sementes, e que os novos estudos devem focar na avaliação da eficácia dos
poleiros quanto a germinação e estabelecimento das plântulas, para que possam atuar como
mecanismo de restauração ecológica, além de testar essa técnica associada a outras, a fim de
potencializar as chances de sucesso. |
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