dc.description.abstract |
A pandemia da COVID-19, doença infecciosa, originada pelo SARS‐CoV‐2, vem provocando muita preocupação, especialmente no que se refere à sua fácil disseminação. O agente causador da COVID-19 pode infectar um grande número de órgãos vitais além dos pulmões, como por exemplo o cérebro. Considerando pacientes que foram expostos ao coronavírus, sejam leves ou graves, os sintomas neurológicos observados variam de simples dificuldades cognitivas até encefalites, hemorragia, trombose, AVC isquêmico e Síndrome de Guillain-Barré. Diante deste contexto, observa-se a necessidade de uma pesquisa que investigue esses aspectos, tornando-se imprescindível avaliar a presença de tais sintomas em indivíduos que foram expostos a esse vírus e como esses aspectos interferem na qualidade de vida, de forma que esses resultados possam ser levados em consideração na criação de políticas públicas em saúde que abranjam essa competência. A realização da pesquisa ocorreu em ambiente virtual, por meio de coleta de dados através do Google Forms. Compreendeu o preenchimento online de formulários abordando as seguintes informações: dados sociodemográficos, situação clínica (presença de sintomas na fase aguda da infecção, na fase imediata após a quarentena e na Condição Pós-COVID-19) e presença de sintomas de depressão, ansiedade e/ou estresse por acadêmicos do curso de Fisioterapia e do curso de Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba, campus I, situado em Campina Grande-PB, com diagnóstico positivo para COVID-19. Foram avaliados um total de quinze acadêmicos, do sexo feminino com idade média de 24,4 ± 6,85 anos. Destacaram-se entre os sintomas da fase aguda da infecção a cefaléia (87%), fraqueza muscular (53%) e cansaço/fadiga muscular (53%). Na fase pós quarentena, destacam-se alteração de memória (67%) e alteração de atenção (60%). Referindo-se aos sintomas atuais na Condição Pós-COVID-19, o sintoma com maior prevalência foi a alteração de memória (60%), sendo seguido pela alteração da atenção (53%), e sintomas de ansiedade (27%). Os achados desta pesquisa evidenciam a necessidade de avaliações multidimensionais para monitorar esses pacientes a longo prazo, visando a identificação e o tratamento precoce dos sintomas neurológicos que podem interferir na qualidade de vida e no desempenho das atividades básicas de vida diária desses acadêmicos. |
pt_BR |