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A doença causada pelo (SARS-CoV-2) ou COVID-19, surgiu no final de 2019 em
Wuhan, província de Hubei, na China, e apresentou um crescimento exponencial
naquele país, alastrando-se posteriormente para todos os continentes, sendo
classificada como uma pandemia. Apesar do diagnóstico ser dado por RT PCR/Sorologia os exames de imagem passaram a ter um papel fundamental
neste cenário, os exames de imagens contribuírem de forma significativa para
conclusão do diagnóstico médico, bem como para acompanhamento da
evolução da doença. Esta pesquisa teve por objetivo identificar quais são as
principais alterações nos achados da Radiografia simples de Tórax (RT) e na
Tomografia Computadorizada de tórax (TC) associados ao comprometimento
pulmonar por COVID-19. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, com
a análise qualitativa e quantitativa dos dados realizado utilizando a análise de
prontuário de pacientes com diagnóstico de COVID-19 internados no Centro
Hospitalar João XXIII localizado na cidade de Campina Grande – PB. Dos 33
pacientes, 93,9% apresentaram anormalidades, sendo a consolidação o achado
mais comum (27 de 33; 81,8%), seguido de opacidade em vidro fosco (15 de 33;
45,4%). A distribuição foi caracterizada como periférica (26 de 33; 78,7%),
bilateral (26 de 33; 78,7%) predominantemente em zona inferior (31 de 33;
93,9%). A população em questão apresentou como doenças prévias mais
frequentes a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (21 de 33; 63,6%) Diabetes
Mellitus (DM) (13 de 33; 39,3%) Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) (10 de
33; 30,3%) e obesidade (6 de 33; 18,1%). Os quadrantes mais acometidos foram
os inferiores Q2 e Q3 com comprometimento pulmonar superior a 75%, enquanto
os quadrantes superiores Q1 e Q3 foram os menos acometidos pela doença
apresentando um comprometimento pulmonar inferior a 25%. Embora a
correlação do escore da radiografia de tórax de acompanhamento com o
desfecho dos pacientes não tenha sido analisada no presente estudo, isso deve
ser investigado em estudos futuros para avaliar se há correlação entre evolução
radiológica e evolução clínica da doença. |
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